A altura certa para ser mãe
Há muito quem se
coloque esta questão! Será a altura certa para ser mãe?!
Lembro-me que também eu coloquei esta questão a mim própria inúmeras vezes. Há dezenas de condicionantes que nas nossas cabeças fazem com que seja ou não a altura certa para ser mãe.
Sou muito nova?!
Serei já muito velha?! Tenho a minha actividade profissional em crescimento…
Estou desempregada…
A minha casa não tem quartos suficientes! A minha casa é alugada e preferia comprar primeiro. O meu carro não é adequado! Ainda não fui a países que queria visitar! Queria emagrecer primeiro… Queria sair mais à noite antes de ter filhos… A minha casa não fica perto de escolas…Preciso tirar a carta de condução primeiro..
A minha casa não tem quartos suficientes! A minha casa é alugada e preferia comprar primeiro. O meu carro não é adequado! Ainda não fui a países que queria visitar! Queria emagrecer primeiro… Queria sair mais à noite antes de ter filhos… A minha casa não fica perto de escolas…Preciso tirar a carta de condução primeiro..
Tantas, mas tantas questões e condicionantes…
Não vou chamar a
todas estas questões de parvas, porque também eu as tive quase todas, e acho
que muitas delas continuam a ser bastante pertinentes.
Sim, um filho
implica muita coisa… Sim, o ideal seria ter um emprego estável, porque afinal
os empregos pagam contas e permitem ter comida na mesa. Sim, dá um certo jeito ter
aquele que virá a ser o quarto do puto. Sim, um carro de 5 portas e uma
bagageira grande dão muito mais jeito. Sim é mais difícil viajar com bebés.
Sim, o puto eventualmente terá que ir para a escola… Sim sim sim… A isso tudo…
MAS…(há sempre um mas)
Já diziam as nossas
avós “tudo se cria” e na verdade não é bem assim, mas é quase!
Quando decidi
engravidar, estava naquilo que considerava um emprego estável e onde poderia
passar a gravidez e os primeiros 2/3 anos do puto de forma calma e facilmente
conciliável. E o que é que aconteceu?!?! Fui despedida grávida de 5 meses! (e
antes que venham dizer que foi culpa minha, saibam que não faltei uma única vez
para ir a consultas e que foi a única vez que fui despedida em 14 anos de
trabalho…)
Durante muito
tempo adiei a gravidez por causa do trabalho, da casa e do carro, e sabem que
mais: FOI O MAIOR DESPERDÍCIO DE TEMPO DA MINHA VIDA! E muitas vezes acho que
na verdade, todas estas questões não eram tantos condicionantes mas “desculpas”
que inventava a mim própria para fugir daquele receio que seria o tornar-me
mãe. A gravidez e ser progenitora são aventuras seriamente assustadoras. Não é
fácil tomar a decisão.
Não existem
condições ideias, e tudo é mutável. Estamos constantemente a mudar de casa ou
de carro ou de emprego (até de marido – tou a brincar…).
10 anos depois
(comecei a pensar ser mãe aos 23 anos) respondo a todas essas questões:
- · Sou muito nova?! - Desde que tenhas acabado os estudos que pretendes, não és. E mesmo assim, com vontade tudo se estuda!
- · Serei já muito velha?! – Velhos são os trapos. O teu corpo dir-te-á se és velha ou não!
- · Tenho a minha actividade profissional em crescimento. – Se fores boa, irás crescer na mesma, e em qualquer altura!
- · Estou desempregada- Tens tempo!
- · A minha casa não tem quartos suficientes! - Pões o puto numa caixa de sapatos. Cabe perfeitamente!
- · A minha casa é alugada e preferia comprar primeiro. – Credito à habitação?! Não obrigada!
- · O meu carro não é adequado! – Tem cintos de segurança?! Então serve!
- · Ainda não fui a países que queria visitar! - Vais depois com os putos!
- · Queria emagrecer primeiro… - Não vale a pena filha! Estás a iludir-te!
- · Queria sair mais à noite antes de ter filhos. – Isso passa-te!
- · A minha casa não fica perto de escolas. – Para isso existem transportes!
- · Preciso tirar a carta de condução primeiro. – Esta dá jeito, mas não é por isto que “o gato vai ás filhoses! “
Altura certa?!
Desculpem mas não existe. O que tiver que ser, será! E havendo amor, já há muito do que é preciso!
Desculpem mas não existe. O que tiver que ser, será! E havendo amor, já há muito do que é preciso!
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