É mais difícil ser mãe ou ser filha?! - #Parte1
Este post é a parte 1 porque tecnicamente ainda não sou mãe.
Isto é, sou mãe... sou sim sr. A partir do momento que tenho uma vida dependente de mim, das minhas escolhas e das minhas decisões, sou mãe. Digam lá por aí o que quiserem, que não é a mesma coisa (sei que não), que isso é picuisses ou o que lhe queiram chamar, mas eu sou mãe.
Esta conversa é longa e antiga, e não é minha. Era uma conversa entre a Sra Minha Mãe e a Sra Minha Irmã, quando a minha irmã era teenager. Tempos difíceis... como uma depressão, um época de guerra ou coisa assim, a adolescência da minha irmã é vista bem ao longe, felizmente para todos, e ainda hoje com muito cuidados com as palavras empregues, como se dum tempo negro se tratasse... do tipo.. "aquele cujo nome não devemos pronunciar", ou neste caso "aquela época que não devemos referenciar"...
Adolescente de uma ponta à outra, com ela a vida não foi fácil. Muita lágrima, muita discussão e algures no meio disso tudo a mãe dizia-lhe: "Um dia vais perceber que é muito mais difícil ser mãe do que ser filha", como é óbvio, a adolescente não concordava. Isto, não sei como nem porquê, transformou-se numa aposta.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e aos 30 anos a minha irmã foi mãe. Cedo, admitiu a sua derrota, e entregou a medalha à minha mãe. "Tinhas razão!"
Ora sendo que ainda não sou tecnicamente mãe, segue-se o meu parecer:
Para mim não foi difícil ser filha, e sei que não fui uma filha difícil... Em teenager, para os meus pais, fui o descanso depois da tempestade. Boa aluna, sossegada, responsável, segunda mãe do meu irmão mais novo... a única coisa que sempre fui, é refilona... mas isso não há como!
Sendo que não me foi difícil ser filha, seria óbvio que iria concordar com a minha mãe. Mas a verdade é que não estava preparada para perceber que as duas coisas não são sequer comparáveis.
Que aposta parva a daquelas duas... Não tem nada a ver!!! Ainda não vi a cara do meu bebé, ainda não tenho sequer um nome para lhe chamar... Não sei nada sobre este ser, a não ser as suas medidas e batimento cardíaco. E já é tão difícil... A cada decisão, cada momento da minha vida, cada responsabilidade acrescida, cada plano para o futuro, inclui este ser de quem não sei nada. E todos os meus passos, neste momento, são dados a pensar no que será melhor para ele/a. Não lhe chamo difícil, mas talvez entrega... Estou completamente entregue a estes 20 cm que crescem dentro de mim, e tudo é feito a pensar nele/a. Já faz parte do meu dia.
Portanto vou dar a minha opinião sobre a aposta da Sra. Minha Mãe e da Sra. Minha Irmã: Vocês são as duas parvas.... Podiam ter dito logo que não tem nada a ver, sei lá eu ser mãe!
Isto é, sou mãe... sou sim sr. A partir do momento que tenho uma vida dependente de mim, das minhas escolhas e das minhas decisões, sou mãe. Digam lá por aí o que quiserem, que não é a mesma coisa (sei que não), que isso é picuisses ou o que lhe queiram chamar, mas eu sou mãe.
Esta conversa é longa e antiga, e não é minha. Era uma conversa entre a Sra Minha Mãe e a Sra Minha Irmã, quando a minha irmã era teenager. Tempos difíceis... como uma depressão, um época de guerra ou coisa assim, a adolescência da minha irmã é vista bem ao longe, felizmente para todos, e ainda hoje com muito cuidados com as palavras empregues, como se dum tempo negro se tratasse... do tipo.. "aquele cujo nome não devemos pronunciar", ou neste caso "aquela época que não devemos referenciar"...
Adolescente de uma ponta à outra, com ela a vida não foi fácil. Muita lágrima, muita discussão e algures no meio disso tudo a mãe dizia-lhe: "Um dia vais perceber que é muito mais difícil ser mãe do que ser filha", como é óbvio, a adolescente não concordava. Isto, não sei como nem porquê, transformou-se numa aposta.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e aos 30 anos a minha irmã foi mãe. Cedo, admitiu a sua derrota, e entregou a medalha à minha mãe. "Tinhas razão!"
Ora sendo que ainda não sou tecnicamente mãe, segue-se o meu parecer:
Para mim não foi difícil ser filha, e sei que não fui uma filha difícil... Em teenager, para os meus pais, fui o descanso depois da tempestade. Boa aluna, sossegada, responsável, segunda mãe do meu irmão mais novo... a única coisa que sempre fui, é refilona... mas isso não há como!
Sendo que não me foi difícil ser filha, seria óbvio que iria concordar com a minha mãe. Mas a verdade é que não estava preparada para perceber que as duas coisas não são sequer comparáveis.
Que aposta parva a daquelas duas... Não tem nada a ver!!! Ainda não vi a cara do meu bebé, ainda não tenho sequer um nome para lhe chamar... Não sei nada sobre este ser, a não ser as suas medidas e batimento cardíaco. E já é tão difícil... A cada decisão, cada momento da minha vida, cada responsabilidade acrescida, cada plano para o futuro, inclui este ser de quem não sei nada. E todos os meus passos, neste momento, são dados a pensar no que será melhor para ele/a. Não lhe chamo difícil, mas talvez entrega... Estou completamente entregue a estes 20 cm que crescem dentro de mim, e tudo é feito a pensar nele/a. Já faz parte do meu dia.
Portanto vou dar a minha opinião sobre a aposta da Sra. Minha Mãe e da Sra. Minha Irmã: Vocês são as duas parvas.... Podiam ter dito logo que não tem nada a ver, sei lá eu ser mãe!
Imagem: Avó e Neto (Sra.Minha Mãe e o meu Sobrinho)
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