Fartinha das greves!


Que me perdoem as queridas e doces educadoras do meu filho mas estou fartinha da história das greves!

São umas atrás das outras, e nós mães, a ficarmos apeadas uma e outra vez.
Sendo do sector privado, nunca na minha vida, participei em tal coisa a que chamam de greve. Simplesmente é um “direito” que não temos. E acreditem, trabalhei em condições chamadas de precárias durante muitos anos. Mas greve não era uma opção.

Ainda assim, há uma coisa que não entendo… As greves funcionam mesmo?! Conseguem de facto alguma coisa com isso? (– Esta é mesmo uma pergunta inocente, não tenho mesmo noção se as greves surtem algum efeito ou não. )

O que eu vejo é dias atrás de dias em que não tenho o que fazer ao meu filho.
Avisada apenas de véspera (ao que parece, os funcionários têm direito a uma espécie de sigilo, e como tal as pessoas não são avisadas com antecedência), vejo-me na posição de faltar às minhas responsabilidades esperadas, uma e outra e outra vez.

Entre greves de cozinheiras, auxiliares, educadoras… entre corpo docente e corpo não docente, não consigo dar conta do recado.

Na verdade, se eu colocasse um dia de férias cada vez que não há escola (entre greves, pontes, tolerâncias várias…) não me restavam dias para ir efectivamente de férias!

Quem de facto sai mais prejudicado com estas greves? Não serão os utilizadores de serviços?! Lembro-me de há meia dúzia de anos andar numa roda-viva com as greves dos transportes, este ano, são as escolas!

Sim, acho que as pessoas devem lutar pelos seus direitos, e não devemos nunca desistir de conseguir melhores condições de trabalho e para as nossas vidas.

Mas meus amigos. A vida é difícil para todos, e assim não facilitam em nada a nossa.


Assinado: Mães!

(Imagem: vieirense em foco)

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