Nem acredito que isto aconteceu!

Foi na semana passada, Quarta-Feira dia 9 de Março de 2016. Um dia que vou ter que escrever e nunca mais esquecer!

A cria estava com uma valente "telha"! 
("telha" - Expressão usada por Sra. sua mãe para designar um feitiozinho soviético que não lembra a ninguém associado a um mau estar geral só porque sim, acompanhado duma constante lamúria sonora que não é carne nem peixe)

Pois a cria estava com a "Telha", num daqueles dias que só o colo da mãe o deixa satisfeito! 
Queria-me só para ele... Queria o meu colo.
Mas isto de ser mãe, dona de casa, e trabalhar a tempo inteiro tem que se lhe diga! Tento ao máximo não roubar tempo dele, mas de vez em quando preciso mesmo de pôr a roupa a lavar, ou arrumar aquelas tralhas, dar um jeito ao quarto... coisas pequenas... 

Ora, andava sua mãe dum lado para o outro em arrumaçõezecas e coisas assim e a cria de braços esticados lamuriava-se porque me queria!
Parei em frente a ele e deu-se:

Eu - Então bebé, o que é que tu tens!? Queres a mamã? A mamã tá aqui!
Ele - Mã...
Eu - Oh, minha coisa boa, queres a mamã?! Diz lá... mã-mã!
Ele - Mamã

E pronto! Pára tudo! Naquele momento queria congelar o tempo! Ficariamos ali os dois para sempre... naqueles segundos!

Escusado será de dizer que mandei as arrumações às favas e peguei instantaneamente nele ao colo para nunca mais o largar! Ele disse mamã!!!

O Sr. Pai da Criança, desvalorizou... "Isto não foi nada... não estejas aí toda aos pulos que ele não disse nada!" - Não me deixei afectar: "Pode não ter sido nada, mas que foi uma coincidencia engraçada foi!"

Ficámos os dois a aproveitar o pouco tempo que tínhamos! Cantámos, dançamos, brincámos, batemos palminhas (só a mãe), tudo sempre ao colinho que ele nesse dia tanto pediu!

Mas depois a noite chega, e com ela o João Pestana, e são horas de ir para a cama!

Fui vestir o meu pijama, e pousei a cria linda de sua mãe, na minha cama!
Assim lhe tirei as mãos, voltaram as lamúrias... Braços esticados para mim... estava mesmo colodependente nessa noite! 
Voltei com a conversa!

Eu - Bebé, não chora! A mamã está aqui! 
Ele - Mamã!

E pronto! Derreti-me outra vez! 
Desta vez, o Sr. Pai da criança admitiu: "Pois, ele está a tentar!"

Sempre pensei que o Vasco fosse falar tarde. E como se não bastasse estava preparada para que as primeiras palavras fosse Papá, ou até mesmo Gato. 
Quem conversa mais com ele sou eu, e costumo mais meter-me com o Gato e com o Papá...

Mas não... 
Este foi o dia, em que contra tudo o que eu pensava o meu filho disse pela primeira vez uma palavra: MAMÃ!

Derreteu-me
(Ah, e desde então já repetiu uma ou duas vezes)


(Imagem: www.lookbebe.com.br)


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