Respostas às perguntas que toda a gente faz
Para esta mãe, ser mãe não era novidade nenhuma... Não fossem todas as experiências diferentes!
A Dulce está prestes a ser mãe pela terceira vez, desta vez, num país diferente e nem sendo o terceiro há menos dúvidas e ansiedades.
Vamos saber o que a experiência tem para dizer?!
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Sem dúvida, nasci para ser mãe e era um grande sonho meu. Já tenho dois filhos que são a minha vida e embora não seja fácil ser mãe, eles são o nosso maior tesouro! Embora a condição de mãe não seja o que define uma mulher, no meu caso não concebia a minha vida sem o gosto da maternidade. Se não os pudesse ter biológicos, teria procurado alternativas. Ser mãe é quem cria, não quem deu à luz.
Do primeiro filho foi-me dito que não podia ser mãe. Sendo esse o maior sonho da minha vida, nesse dia o meu mundo desabou. Chorei muito, por muito tempo. Deixei a pílula e, para grande surpresa nossa, 3 meses depois estava grávida. Sem qualquer tratamento, nada. O diagnóstico que tinham feito inicialmente, estava errado. Foi o dia mais feliz da minha vida quando aquela risquinha rosa apareceu no teste de farmácia mais barato que tinha comprado minutos antes, sem qualquer fé. Do segundo, tentei durante 6 meses. 6 meses de longa espera pois os fantasmas acabam sempre por nos assombrar. Por último, e sendo um segundo casamento, decidi deixar com o destino. Já não tomava pílula desde que tinha nascido o filho mais novo. O meu actual marido não tem filhos e queria muito ser pai. Em cerca de dois meses e meio depois de ter chegado à Alemanha, descobri que estava grávida.
Como já tinha dois meninos, o meu sonho agora era ter uma menina. Mas quando soube que era menino fiquei feliz na mesma e nada desapontada pois o meu sentido prático prevaleceu ao sonho. Assim poderia aproveitar tudo o que tinha dos irmaos, se fosse menina isso já nao acontecia.
Nunca tive medo do parto, sempre fui serena para a maternidade. Acho que a descontracção nessa hora ajuda muito e de facto tive dois partos santos. Agora desta vez, como estou na Alemanha, não falo a língua, o que me passa pela cabeça são os aspectos práticos da coisa, é eles falarem comigo e eu não perceber, basicamente tenho medo que haja falhas de comunicação. Felizmente vou poder valer-me da experiência que já tenho mas mesmo assim ponderei muito entre ter o bebé na Alemanha ou deslocar-me a Portugal só para isso.
A melhor parte é teres o privilégio de passar por um estado de graça apenas maravilhoso, com sentimentos e experiências únicas. Sentir dentro de nós um ser vivo, que mexe, que se desenvolve dia após dia, que depende de nós, que é nosso, não tem preço. Sentes-te especial, alvo de todas as atenções, mimada e apaparicada.
A pior parte são, sem dúvida, as dores! Dores desde início até ao fim! É muito tempo! É não ter posição para nada nesta recta final e perdermos a nossa capacidade de nos movimentarmos à vontade. Pareço um pinguim a andar. No início passei por uma fase de grande incerteza pois não tinha acompanhamento médico aqui na Alemanha por questões burocráticas e fui várias vezes a Portugal só para ir ao médico. Felizmente tudo se resolveu e as coisas começaram a correr normalmente. Claro que estando num país estrangeiro, sem acesso médico, faz a tua cabecinha pensar que se algo corre mal, alguma urgência acontece, não tens para onde te virares.
Aqui não ouço pois as pessoas não se dirigem a mim, mas talvez o facto de eu ter a barriga muito grande e acharem que estou de mais tempo do que realmente tenho. Mas ainda hoje aconteceu uma situação engraçada. Andávamos a passear, e como sempre que saio, vejo as pessoas a olhar pelo canto do olho para mim com ar de espanto e até pena. Então lá andava eu na rua, e reparo num casal de velhotes a olhar para mim. A senhora perdeu a vergonha e veio perguntar se estava tudo bem comigo. Pela cara dela, devia achar que eu estava a ter ali a criança, ou assim.
Tenho a certeza que o sei ser, mas ser mãe não é só mudar fraldas e providenciar alimento. É muito mais para além disso. E à medida que a criança vai crescendo, o nível de desafio também vai aumentando. Não há dois filhos iguais, cada criança é única e cada uma com as suas características. Ser mãe é uma ocupação para o resto da vida e à medida que crescem, torna-se cada vez mais difícil e desafiante. Ser Mãe é a profissão mais nobre do mundo!
A Dulce está prestes a ser mãe pela terceira vez, desta vez, num país diferente e nem sendo o terceiro há menos dúvidas e ansiedades.
Vamos saber o que a experiência tem para dizer?!
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- Sentes-te mais mulher desde que foste mãe?
Sem dúvida, nasci para ser mãe e era um grande sonho meu. Já tenho dois filhos que são a minha vida e embora não seja fácil ser mãe, eles são o nosso maior tesouro! Embora a condição de mãe não seja o que define uma mulher, no meu caso não concebia a minha vida sem o gosto da maternidade. Se não os pudesse ter biológicos, teria procurado alternativas. Ser mãe é quem cria, não quem deu à luz.
- Quanto tempo demoraste para engravidar?
Do primeiro filho foi-me dito que não podia ser mãe. Sendo esse o maior sonho da minha vida, nesse dia o meu mundo desabou. Chorei muito, por muito tempo. Deixei a pílula e, para grande surpresa nossa, 3 meses depois estava grávida. Sem qualquer tratamento, nada. O diagnóstico que tinham feito inicialmente, estava errado. Foi o dia mais feliz da minha vida quando aquela risquinha rosa apareceu no teste de farmácia mais barato que tinha comprado minutos antes, sem qualquer fé. Do segundo, tentei durante 6 meses. 6 meses de longa espera pois os fantasmas acabam sempre por nos assombrar. Por último, e sendo um segundo casamento, decidi deixar com o destino. Já não tomava pílula desde que tinha nascido o filho mais novo. O meu actual marido não tem filhos e queria muito ser pai. Em cerca de dois meses e meio depois de ter chegado à Alemanha, descobri que estava grávida.
- Querias menino ou menina? O que sentiste quando descobriste o sexo?
Como já tinha dois meninos, o meu sonho agora era ter uma menina. Mas quando soube que era menino fiquei feliz na mesma e nada desapontada pois o meu sentido prático prevaleceu ao sonho. Assim poderia aproveitar tudo o que tinha dos irmaos, se fosse menina isso já nao acontecia.
- Tiveste/tens medo do parto?
Nunca tive medo do parto, sempre fui serena para a maternidade. Acho que a descontracção nessa hora ajuda muito e de facto tive dois partos santos. Agora desta vez, como estou na Alemanha, não falo a língua, o que me passa pela cabeça são os aspectos práticos da coisa, é eles falarem comigo e eu não perceber, basicamente tenho medo que haja falhas de comunicação. Felizmente vou poder valer-me da experiência que já tenho mas mesmo assim ponderei muito entre ter o bebé na Alemanha ou deslocar-me a Portugal só para isso.
- Qual foi a melhor parte de estar grávida?
A melhor parte é teres o privilégio de passar por um estado de graça apenas maravilhoso, com sentimentos e experiências únicas. Sentir dentro de nós um ser vivo, que mexe, que se desenvolve dia após dia, que depende de nós, que é nosso, não tem preço. Sentes-te especial, alvo de todas as atenções, mimada e apaparicada.
- Qual foi a pior parte de estar grávida?
A pior parte são, sem dúvida, as dores! Dores desde início até ao fim! É muito tempo! É não ter posição para nada nesta recta final e perdermos a nossa capacidade de nos movimentarmos à vontade. Pareço um pinguim a andar. No início passei por uma fase de grande incerteza pois não tinha acompanhamento médico aqui na Alemanha por questões burocráticas e fui várias vezes a Portugal só para ir ao médico. Felizmente tudo se resolveu e as coisas começaram a correr normalmente. Claro que estando num país estrangeiro, sem acesso médico, faz a tua cabecinha pensar que se algo corre mal, alguma urgência acontece, não tens para onde te virares.
- Qual foi o comentário mais estúpido que te fizeram na gravidez?
Aqui não ouço pois as pessoas não se dirigem a mim, mas talvez o facto de eu ter a barriga muito grande e acharem que estou de mais tempo do que realmente tenho. Mas ainda hoje aconteceu uma situação engraçada. Andávamos a passear, e como sempre que saio, vejo as pessoas a olhar pelo canto do olho para mim com ar de espanto e até pena. Então lá andava eu na rua, e reparo num casal de velhotes a olhar para mim. A senhora perdeu a vergonha e veio perguntar se estava tudo bem comigo. Pela cara dela, devia achar que eu estava a ter ali a criança, ou assim.
- Achas que sabes ser mãe?
Tenho a certeza que o sei ser, mas ser mãe não é só mudar fraldas e providenciar alimento. É muito mais para além disso. E à medida que a criança vai crescendo, o nível de desafio também vai aumentando. Não há dois filhos iguais, cada criança é única e cada uma com as suas características. Ser mãe é uma ocupação para o resto da vida e à medida que crescem, torna-se cada vez mais difícil e desafiante. Ser Mãe é a profissão mais nobre do mundo!
Dulce Gomes
Mãe de 3"
(Imagem: )
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