Ser mãe sem o ser

Esta é uma homenagem a todos aqueles que são pais sem o ser.

Sim. É exactamente isto.

Quando nasce um filho, desperta em nós um instinto natural e automático que faz-nos querer o melhor do mundo para eles. E toda a natureza está alinhada com a maternidade!

O cheiro dos bebés por exemplo. Alguma vez se perguntaram porque é que os bebés cheiram tão bem?! São por eles feromonas libertadas que fazem com que nos sintamos apaixonados. A natureza a dizer-nos que temos que os amar e proteger. As parecenças... Claro que há excepções, mas quando nascem, a maioria dos bebés é parecido com o Pai, e quando é parecido com a mãe é na realidade mais o Pai da Mãe, o Avô! A tendência é que os bebés se pareçam com os homens da família. E sabem porquê? Mais uma vez, a mágica natureza a forçar o instinto protector ao Pai, que precisa de mais alguns incentivos que a Mãe! A mecânica da natureza no seu melhor!

E quando se é pai sem o ser?

Estes seres maravilhosos que não geraram, não fizeram nascer, nem tão pouco cuidaram nos primeiros meses mas são pais a tempo inteiro muitas vezes muito mais que os pais “biológicos”!

Sim, falo de Madrastas e Padrastos.

Antes de mais detesto este nome que atribuiram a segundos pais! Não, não gostaria que o meu filho chamasse mãe a outra mulher, mas ainda assim acho o nome “Madrasta” carregado de carga negativa! Se calhar aqui a culpa é dos filmes da Disney!

A verdade é que os segundos pais de hoje em dia, na sua maioria, em nada se assemelham com as madrastas/padrastos dos contos de fadas!
São carinhosos, cuidadores, protectores, educadores, amigos e tudo aquilo que um Pai ou Mãe devia ser e muitas vezes não o são! São Pais sem o ser!
E todos os dias se falam de o que é ser pai, mãe, avó, avô, tios... e os Segundos Pais!? 

Vivem na sombra da maternidade. Criam e cuidam de quem não fizeram, não desejaram e não tiveram o prazer de gerar e ver crescer numa barriga... apartir de uma semente, até ser uma pessoinha!
E ainda assim, conseguem sem Pais a 100%. Conseguem ser o que muitos pais não são. Conseguem ser muito mais pais, do que aqueles que limitam-se a uns fins-de-semana por mês e uma ou outra reunião da escola. São segundos pais que ajudam com os trabalhos de casa todos os dias. São segundos pais que lidam com birras, festas, fitas, alegrias, brincadeiras e castigos. São o bom e o mau de serem pais. São pais sem o ser. São pais sem a ajuda da natureza! São segundos pais.


A vós, uma salva de palmas!

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