Empatia e bom senso!

Vivemos num mundo feroz. Cada vez mais feroz. Cada vez mais olhamos para o nosso umbigo e perdemos a empatia com o próximo.

Vizinhos que moram lado a lado, enfiam-se nas suas casas, sem saber sequer o nome daquele que é nosso semelhante. Já pensaram que se calhar temos mais em comum com os nossos vizinhos do que pensamos?! Será que se as pessoas falassem entre si, os vizinhos que nem se conhecem podiam tornar-se até amigos?!

Mas não. Cada vez mais queremos o melhor para nós, e só nós. E muitas vezes ignoramos a vida que não é nossa. A ausência da capacidade de calçar os sapatos dos outros...

Desrespeitam-se as prioridades. Olha-se para o tecto para fingir que não vemos aquela grávida no supermercado. “Eu tive gravida e nunca tive de passar à frente de ninguém!” – Pois, nem eu… A minha vida não é obrigatoriamente a vida dos outros. Não sabemos nós se é uma gravidez de risco… Não sabemos se a gravida está com dores, com os pés inchados, com dor ciática… tantas possibilidades. E muitas vezes, não cedemos o lugar, e porquê?! Para pouparmos 5 minutos?! E depois?! Esses 5 minutos fazem-nos mais felizes?! Muitas vezes estamos cheios de pressa para chegar a casa e nada… para quê a correria?!

Vamos ao centro comercial ou ao supermercado e lá estão os lugares de estacionamento reservados a famílias. Que se lixe! E pumba, lá metemos o carro. Mas de seguida, chega aquela mãe de 3 que sozinha com os putos teve que vir comprar comida que já não havia em casa. Aquela mãe para a qual nada é fácil. São 3 banhos, jantares para 5, compras para todos… Em todos os momentos da sua vida há um miúdo a comer sabão, a riscar paredes ou a saltar duma árvore… Sem descanso… Mas nós egoístas, poupámos de facto meia dúzia de passos, alheios ao que privamos a esta família numerosa, para quem tudo é sempre mais difícil.
Paramos o carro também nos lugares dos deficientes. Um lugar que não nos pertence. “São só 5 minutos”. O que nem nos passa pela cabeça é que para um deficiente motor este é um problema constante. Há sempre alguém que parou ali “só por 5 minutos.”

O mesmo se passa com os carros nos lugares reservados para deixar os miúdos na escola. Todos os dias, esses lugares estão ocupados e quase nunca por quem lhes tem direito. Mais uma vez, são só 5 minutos. 5 minutos esses, que dificultam só mais um bocadinho uma mãe ou um pai… 5 minutos que vão fazer alguém chegar atrasado. 5 minutos que fazem com que os pais, deixem o carro mais longe e levem os miúdos, à pressa, chova ou faça sol, resultando muitas vezes em pés molhados o dia todo…

Pagamos fortunas em ginásios, mas não somos capazes de subir umas escadas do centro comercial, Mas porquê?! Cansa mesmo assim tanto? Ficam horas á espera as mães de bebés em carrinhos, ou pessoas de mobilidade reduzida por pura preguiça dos outros! Não subimos escadas mas depois passamos horas no shopping a andar de um lado ara o outro.

São infindáveis os exemplos, em que desrespeitamos quem precisa à troca de quase nada. Se pensarem bem, é mesmo por mero capricho, privando muitas vezes pessoas de prioridades necessárias!

Nunca usufruí de qualquer tipo de prioridade ou condições especiais, Sabem porquê? Porque não preciso, e ainda bem que é assim.
Respeitemos os próximos. 


Regras de prioridade, Estacionamentos prioritários, e elevadores exclusivos são apenas exemplos de empatia, e bom senso. Usem-nos apenas quando precisam!


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