Protegê-los não é incapacitá-los!

É inerente ao papel de mãe… é parte de nós e também o que mais nos assusta!

Queremos porque sim protegê-los. Constantemente! Queremos protegê-los do mundo e todos os males que os possam afectar Físicos e emocionais. E não há nada de errado nisso. É só o coração a falar mais alto!

Mas protegê-los não significa incapacitá-los. É uma linha muito ténue que separa as duas coisas.

Protege-los é também deixá-los sujarem-se, caírem... cometer erros. 

Não podemos criá-los numa bolha, porque é impossível manter essa bolha para sempre. Precisamos que eles aprendam a cair!

É duro, e difícil, mas as lições são necessárias.

Ao protegê-los de mais só estamos a adiar o inevitável e a provocar que um dia quando acontecer custe muito mais.

Ser mãe galinha não é criar crianças incapazes. Temos que arriscar, ser pacientes e ensinar. Ajudar no que podermos mais deixá-los percorrer o caminho da vida, pelos pés deles.

É preferível ensiná-los a lidar com as consequências do que evitá-las de todo.

Por mais que custe, temos que os deixar.

Resta-nos ser o ombro amigo. O abraço e o porto seguro que está lá sempre para consolar. Para melhorar um momento mau. Para confortar, para apoiar.

Estranho, esta coisa de ser mãe com tantas mensagens confusas. A vida deles está na verdade nas nossas mãos, e mais uma vez cabe-nos essa decisão.

Vamos criar crianças felizes com trambolhões pelo caminho, choros e desilusões, abraçadas com conforto, ou vamos criar pessoas incapazes?!

Arrisquemos… Vamos deixá-los subir a uma árvore, partir um brinquedo, descascar uma laranja… Vamos deixá-los trepar escadas, e cair na areia… comer terra, e brincar com pedras. Esfolar os joelhos, arranhar os cotovelos e pisar legos. Irem sozinhos comprar pão, ou jogar à bola na rua.

A bolha em que gostávamos de os ter, não existe… é uma mera ilusão acreditar que a bolha existe e que é de alguma forma o melhor para eles. O melhor para eles, e para nós, é viver, com tudo o que isso implica, a nós mães, resta-nos guiá-los.