Não quero um filho prodígio

Uma das coisas mais ridículas que acontecem no mundo da maternidade é a pressa de vê-los crescer.

Comparam-nos uns aos outros, como se de livros se tratassem, e cada um deveria sempre fazer qualquer coisa que ainda não faz.

Não costumo ter pressa, nem tão pouco costumo gabar-me dos feitos do coelho. Eu, não tenho pressa nenhuma!

Muitas vezes acabo até por ser algo parecido com o oposto. Familiares nossos começaram a dizer que o coelho já andava, muito antes de eu achar que ele andava o suficiente para assumir isso como um feito.

Sim, começou a dar uns passitos sozinho com 11/12 meses, mas dar uns passitos não é andar! Andar é quando já se sentem mais à vontade, e perdem o medo, e largam-se e arrancam mesmo estando sozinhos.

Outra é a fala… No meio dos sons que eles balbuciam há sempre algum que até é parecido com uma ou outra palavra… Mas isso não é falar! E eu não tenho pressa nenhuma que ele fale.

Não tenho pressa nenhuma que ele faça nada. Porque o meu filho não é um menino prodígio. É só perfeito (para mim)! Porque a perfeição não está em nada dessas coisas.

A perfeição não está em saber dizer muitas coisas, ou saltar ao pé coxinho, ou em ser o primeiro da sala a largar as fraldas de dia e de noite. A perfeição está naquilo que eles nos fazem sentir. Em tudo aquilo que mexe connosco quando olhamos para eles, e o coração parece querer explodir de orgulho… mesmo que não falem ou não andem!

Não tenho o hábito de comparar o meu filho com mais nenhuma criança. Não fico minimamente preocupada, quando outros da idade dele fazem alguma gracinha que ele não faça.

Porque eu não quero um filho prodígio, a mim, chega-me o meu menino perfeito!

(Imagem: Revista Visão)


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