Histórias de Guerra (Partos)
Sempre achei
piada como uma grande parte das mães gosta de partilhar as suas histórias de
“guerra”! – Histórias de partos.
Da mesma maneira
que imagino velhotes à volta de uma fogueira, com uma cerveja na mão a contar
as suas histórias na guerra, imagino também, um conjunto de mulheres sentadas
em cadeirões, com bebés ao colo e pendurados nas mamas a contar as suas
histórias de partos.
A verdade é que
têm muito em comum. Somos todos sobreviventes. Sofremos, lutamos e vencemos.
E é talvez por
isso que quase todas “gostamos” de contar como correu o nosso parto, ainda que
muitas vezes seja difícil, e nos traga as emoções à flor da pele. Mulher adora
drama!
Mas as histórias
de parto que gosto mais de ouvir são aquelas que mais tarde nos fazem rir.
Conto-vos a
minha:
Entrei em
trabalho de parto logo de madrugada para me habituar a acordar cedo. Não sabia
muito bem o que se estava a passar porque apenas sentia dores de barriga muito
muito fortes e por momentos pensei que tinha sido dos caracóis que tinha comido
na noite anterior. Só passado um bocado é que percebi que eram contracções.
Como na minha vida nada é simples, fui ter o meu filho, num hospital que fica a quase 50 Km de casa. Ou seja, o caminho demorou aquilo que me pareceram 5 Horas ainda que o Sr-Pai da Criança jure a pés juntos que não demorou mais de 20 minutos… Ele que experimente as contracções e logo falamos sobre o que custam 20 minutos! As contracções eram seguidinhas e fortes como tudo.
Quando cheguei à porta do hospital, arranquei do carro a correr pela entrada das urgências, mas tive uma contracção tão forte, que tive que me pôr de gatas mesmo à porta do hospital.
As contracções
eram horrorosas. Rapidamente fui examinada e dado os 4 dedos de dilatação e as contracções de 2 em 2 minutos disseram-me logo que iam chamar a anestesista para
me dar a epidural.
Tinha decido
tentar o parto sem anestesia, mas assim que cheguei ao hospital mais parecia
que “epidural” era a única palavra que eu sabia dizer.
Pareceu-me uma eternidade… tão grande que quando a senhora chegou e me deu a bem dita anestesia, agarrei-a, puxei-a para mim, abracei-a com força e só lhe dizia:
Pareceu-me uma eternidade… tão grande que quando a senhora chegou e me deu a bem dita anestesia, agarrei-a, puxei-a para mim, abracei-a com força e só lhe dizia:
“A Senhora é a
minha nova melhor amiga! Acredite que nunca me vou esquecer de si. Vou ser sua
amiga para sempre!”
A senhora ria-se
e eu quase chorava…
Acredito que
sejam muitas as mães que na hora H, sentem as anestesistas como anjos descidos
à terra. Para mim foi assim. Não me lembro da cara dos médicos que trouxeram o
meu filho á vida, mas lembro-me da cara dela… Tira a cara dum anjo! Bem dita
seja!
Agora contem-me…
Qual é a vossa história (das boas) de guerra?!
(Imagem: Instituto4Life)
*Nota: Já sabem
que o Facebook fez algumas alterações e
a partir de agora vai mostrar-vos mais posts dos vossos amigos e menos de
páginas onde fizeram like - com o Sei Lá eu Ser Mãe
Para continuarem
a ver as parvoeiras que práqui vou debitando sigam esta simples Instrução:
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