#9 Mães há muitas! – O Pai

Chama-se João, tem 36 anos e é locutor de rádio (podem ver aqui). È também técnico de multimédia e faz design de websites e… vá, de tudo um pouco. (aqui). É também o Pai da Mafalda!
Apaixonado pelo mundo da rádio, pelo design e pelo nosso país, adora conduzir e passear conhecendo novos locais.

“Adoro aviões mas quando viajo neles as mãos pingam..(risos)
Geralmente sou um homem bem disposto, exceto quando me fazem alguma...aí amuo e não é pouco. Gosto de uma boa gargalhada e de dizer piadas para animar quem me rodeia. No fundo sou um homem e pai feliz.” 
Apresento-vos, um Pai com P grande, o João:


*Quem é o João, além de Pai da Mafalda?
Bem...no fundo julgo que sou um pai como tantos outros, um pai babado que sempre sonhou desde muito novo ter um filho, sobretudo uma menina e Deus assim quis...
Ser pai da Mafalda é trazer todos os dias em mim a preocupação de que ela esteja sempre bem e que nada lhe falte. Tento todos os dias dedicar-lhe o máximo de tempo possível, ajudando a mãe a tratar dela, brincando com ela e sobretudo tentando educá-la da melhor maneira possível para que um dia ela se orgulhe dos pais que tem.

*Qual é para ti o maior desafio da Paternidade?
Eu penso que todos os dias são um desafio. A Mafalda para além de ser uma criança encantadora, linda e bem- disposta tem sido uma bebé um pouco difícil e digo isto porque em termos de dormir e comer não tem sido mesmo nada fácil. Ela acorda muitas vezes durante a noite desde que nasceu e quanto às refeições também pouco come. Resumindo, talvez o maior desafio seja nós pais conseguirmos ter energia todos os dias para ir trabalhar durante 20 meses a dormir mal.

*A mãe ficou mais “difícil de aturar” desde que é mãe?
A mãe tem dias (risos)...Penso que não, penso que a mãe é igual actualmente, no entanto entendo que a vida de uma mãe não é fácil, muito mais difícil que a de um pai...não se pode comparar, ainda para mais uma mãe que amamenta várias vezes ao dia, de noite, que trabalha no trabalho e em casa, portanto é normal às vezes uns dias mais stressantes que outros, mas tudo passa, tem que haver compreensão.

*Qual é o mais desafio? A mãe ou o/a filho/a?!
As duas (risos)...Penso que cada uma à sua maneira, não se pode comparar a exigência de um bebé ao da companheira.

*Achas que um filho abala ou fortalece um casal?
Penso que um filho vem sempre fortalecer a relação de um casal, vem dar mais alegria às nossas vidas, vem no fundo complementar aquilo que sentimos um pelo outro. no entanto há sempre coisas que mudam. Não se pode comparar a vida de namoro com a de casado, o tempo a dois muda, existem outras ocupações, outros objectivos, outras preocupações....

*Qual é o teu maior objectivo como Pai?
O meu maior objectivo enquanto pai é que a minha filha cresça feliz, que nada lhe falte, que eu possa fazer tudo aquilo que consiga por ela, pois estarei sempre ao seu lado nos maus e bons momentos, que um dia ela seja uma menina concretizada tanto pessoal como profissionalmente.

*Assististe ao Parto? Trocarias de lugar com a mãe naquele momento?
Sim trocaria...E sim assisti, penso que todos os homens deveriam assistir, é um momento único. Não condeno quem não tenha coragem de assistir mas aquele momento é dos dois, é o dia mais feliz da vida de um homem e de uma mulher. Não é porque a criança vai nascer da barriga da mãe que o homem tem que se ausentar, uns porque não querem saber, outros porque têm receio de desmaiar, julgo que a coragem e a força está na mente de cada um.

*Ser Pai mudou-te?
Sim, fez-me olhar para a vida de uma outra maneira, fez-me pensar o que será a vida da minha filha um dia mais tarde, num mundo tão cheio de crueldade e de injustiças. Os medos são mais que muitos, do ela que possa viver, do que lhe possa acontecer. Estou mais atento, mais preocupado, no entanto também mais feliz.



*Achas que sabes ser Pai?
Propriamente dito talvez não soubesse, tenho aprendido muito nas tarefas diárias com a minha companheira. Todos os dias tenho tentado melhorar o meu desempenho, mas penso que mesmo que não saibamos, aprendemos a ser também por instinto. Ninguém nasce ensinado, mas podemos todos os dias fazer por sermos melhores e todos os dias também eu aprendo. Deixando as tarefas de lado, penso que do ponto de vista de linha orientadora que a minha filha deve seguir, julgo que o que lhe ensino é o melhor para ela, por exemplo quando sou um pouco mais rígido, isso é querer o bem dela, nem sempre se pode concordar com tudo o que um bebé quer fazer. Tirando isso também sou um pai sensível, um carinho da Mafalda, deixa-me por vezes até emocionado. Portanto penso que não sou o melhor pai do mundo, mas tento ser um pai atento, justo mas também flexível e que apenas quer o bem dela, a educação é isso mesmo.

*E “Ela”? Achas que “ela” sabe ser Mãe?!
Claro que sim, penso que a minha filha não poderia ter uma mãe melhor e eu sinto orgulho na mulher que tenho ao meu lado. Ela é daquelas que tem um M bem grande não só por aquilo que ela é para mim, como para a nossa bebé. O cansaço deixa-a de rastos mas ela luta e consegue ir buscar força e mais força para que tudo esteja bem. O esforço e a dedicação que a Daniela tem à filha e à família é extraordinário. Se existem mães que deveriam ser distinguidas, a minha companheira deveria ser uma delas, não porque seja melhor que as outras mães, mas pelo que a vida nos tem exigido.


“Obrigado pela oportunidade que dão aos pais de se expressarem sobre esta profissão tão valiosa e tão bonita que é ser pai.” - João



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