A injustiça para quem tem pressa de nascer
Que a lei em
Portugal não é de todo amiga das mães já sabemos… Estes loucos que nos (des)governam
continuam a falar em taxas de natalidade, mas nada muda, nada se faz e nada
ajuda!
Os abonos por exemplo são de loucos… Além de ser uma pequena ninharia que não cobre nem de perto nem de longe as despesas dos bebés; o preço das creches é absurdo (quando há vagas, o que é raro… ); e para mim, mais importante, o tempo que nos dão é assustador e ridículo.
Ainda que a OMS recomende a amamentação em exclusivo até aos 6 meses, a licença de maternidade, sem penalizações continua nos 4 meses. Isto faz com que muitas vezes a introdução alimentar seja antecipada.
À parte disto, 4 meses é tão pouco! Caramba… Como é que é suposto, nós mães, deixarmos de forma tranquila, um bebé de 4 meses entregue a estranhos?! Um ser que é ainda tão dependente de nós!? Parte-me o coração.
Mas tudo isto
piora, quando eles têm pressa de nascer.
Tenho um colega
que foi recentemente pai duma pequena com muita pressa de nascer. Além de
chegar ao mundo muito antes do previsto, chegou com pouco mais de 500gr. (Sim,
meio kilo – para quem não é mãe deixo o termo de comparação. O Vasco nasceu com
3450gr. Quase 3Kg a mais que esta pequena…)
Ora, esta bebé ficou naturalmente internada durante algum (bastante) tempo. E é aqui que entra a injustiça dos direitos (ou da falta deles.)
[*DIREITOS DOS PAIS COM FILHOS PREMATUROS - Os
pais com filhos prematuros têm os mesmos direitos que os pais cujos filhos
nasçam depois das 37 semanas de idade gestacional mas com uma diferença particular: em caso de internamento hospitalar do bebé,
o período de licença suspende-se, a pedido do progenitor, pelo tempo de duração
do internamento, com a duração máxima de 30 dias. – Ver
mais aqui]
Ou seja, Uma mãe
de um bebé com 500gr, pode, durante o internamento suspender (para não gastar
logo) a licença de maternidade e colocar baixa por assistência à família,
recebendo apenas 65% do ordenado. – Justo?! Não me parece…
Este período tem
um prazo máximo de 30 dias, sendo que a partir daqui, resta a Licença de
Maternidade. – Justo?! Não me parece...
Esta bebé em
questão veio para casa 2 meses depois de nascer (ou seja, 1 mês da licença já
está gasto). Está em casa há cerca de 1 mês e ainda não chegou aos 2kg. Metade da licença de maternidade está gasta
ainda antes de atingir os 2 kg de peso. – Justo?! Não me parece…
Dentro de apenas
2 meses, esta mãe teria que ir trabalhar, deixando esta pequena ainda tão
pequena e tão frágil ao cuidado de estranhos. – Justo?! Não me parece…
Para juntar a
isto, a pequena, usa actualmente um leite em fórmula (para ajudar no tão
necessário aumento de peso) que custa 28€ por embalagem! Não pode usar
toalhitas, nem qualquer creme de corpo (têm que ser produtos específicos). O
gasto que precisa é largamente superior ao gasto já de si muito alto dos bebés
de termo! Apoio financeiro, não há! – Justo?! Não me parece…
De tanto tempo
que perdem (estes loucos que nos (des)governam) a discutir merdas (desculpem palavrão mas não encontro palavra melhor) como
será possível que não tenham olhos para ver o quão injustiçadas são as mães
deste país?!
Somos dos países com
menos direitos e apoios à maternidade… Mas continuam a falar-nos em merdas e
merdinhas como quem quer mostrar trabalho ainda que não façam nada de jeito…
Nunca fui de prestar muita atenção a governos e governantes, mas no que toca a este assunto revolta-me! Imenso! Não só por mim, porque na verdade nada disto seria em prol de adultos. Mas pelas crianças, pelo nosso futuro. Pelos futuros (des)governantes!
(Imagem: Deu Ruim)
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