“Avôzinho diz-me tu…”
O Vasco e o seu
avô.
Um não fala
porque ainda não aprendeu. O outro não fala porque a vida assim o quis. Ambos
compreendem-se perfeitamente e adoram-se de coração!
Quis a vida que
um AVC impedisse o avô do Vasco de falar correctamente. Balbucia algumas
palavras de forma muito atabalhoada e para quem não o conheça é difícil
compreendê-lo.
Conforme a vida
lhe tirou, anos mais tarde deu-lhe. Deu-lhe um neto.
Um neto que o adora
de coração. Um neto que não precisa que ele fala. Um neto, que ainda que com um atraso na fala o compreende perfeitamente e faz-se compreender.
Um neto que todos
os dias pede para ir ver o avô. Um neto que não o larga.
Este avô, que
pouco fala, ensina o neto. Juntos vão passear, brincar com os carros, ou
arranjar qualquer coisa na garagem. Mais tempo houvesse e era vê-los horas
enfiados na garagem para mal da
paciência da avó que só queria a garagem arrumada.
São farinha do
mesmo saco. E não precisam de falar para que isso se veja ao longe!
Porque a fala não
é tudo, e a compreensão do ser humano é transversal a tudo isso, estes dois são
a prova de que na maior partes das vezes não é preciso falar. Basta amar.
Estes dois
gostam-se de coração
Magnifico...
ResponderEliminarSem duvida! Basta amar e tudo se compreende.