Esconder a comida
Antes de ser mãe,
ver ou ouvir sequer a ideia de se esconder bens alimentares dentro da própria
casa, provocava-me arrepios!
Que coisa tão
feia de se fazer.
Achava que eram
actos de egoísmo, excesso de controlo, excesso de rigidez, coisas assim. Na
minha cabeça, não fazia sentido esconder-se fosse o que fosse dentro da própria
casa.
Qual era o mal,
afinal da criança comer uma bolacha ao lanche?! Qual era então o problema de
ensinar que as guloseimas não são para substituir o almoço ou jantar.
Mais uma vez, lá
estava eu completamente enganada, e longe de sonhar que em breve, seria eu a
primeira a esconder alimentos na minha própria casa.
A questão é que
as “guloseimas” (como lhes chamo) provocam mesmo muito mal nas crianças. E sim,
há problema do consumo de alimentos processados e açucarados de forma diária. E
ainda a par disso, nem tudo se ensina assim tão facilmente.
Lá em casa, por
exemplo, ainda não consigo explicar ao coelho que não podemos almoçar fruta, ou
bolachas de arroz que ele tanto gosta. E se dependesse dele, a alimentação dele
seria baseada apenas naquilo que não deve comer. (pelo menos com frequência)
Não sou
extremista… O Vasco já bebeu sumos, iogurtes líquidos, já comeu bolachas,
frutinhas do boião, e coisas dessas (as tais que chamo “guloseimas”), mas não
pode ser sempre.
E ele aprendeu
rapidamente em qual armário eu guardo essas coisas de que ele gosta!
Ou seja, fui
obrigada a escondê-los… Porque quando o sentava na cadeira para jantar, já só
apontava para o dito armário à procura das suas tão adoradas bolachas de arroz.
Até que se tornou num drama. Birras e choradeiras sem fim sempre à hora da
refeição.
Escondi tudo! Ele
percebeu que no armário já não está nada do que ele procura e as refeições
voltaram a ser saudáveis no que toca ao ambiente.
Agora o truque é
conseguir dar-lhe esporadicamente uma bolacha sem que ele veja onde é que a vou
buscar! Um problema de cada vez…
(Imagem: Dicas de Saúde)
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