A escola perfeita
Escusam de vir já
todas aos pulinhos a pensar que descobri a pólvora e vos venho contar porque
não! Não descobri a escola perfeita.
Tenho muita pena,
mas não é isso que venho hoje aqui falar.
Esta é uma busca
para todas as mães! A escola perfeita!
Aquele local
quente e carinhoso onde deixamos os nossos filhos a aprender livremente ao
ritmo de cada um; onde nos intervalos se salta à corda, e brinca à sombra das
árvores dum imenso jardim; onde todos os meninos e meninas são calmos e meigos,
e ensinados no âmbito da disciplina positiva como o nosso; onde o almoço e o
lanche são feitos com ingredientes biológicos e o mais natural e saudável possível
e que ainda assim eles adoram e devoram; onde os pais têm uma participação
activa na educação dos filhos tendo uma relação próxima com a escola, e se
sentem bem-vindos; onde os nossos filhos vão de braços abertos abraçar as
educadoras e pedem-nos ao fim de semana para ir para a escola; onde há algumas
actividades extra-curriculares, mas não demais; onde não pagamos os olhos da
cara de mensalidade; onde tudo é maravilhoso, bonito, calmo, ao som de
passarinhos e pintado em tons pastel!
Lamento informar,
mas acho que não existe!
Para mim, num
mundo perfeito os filhos ficariam com as suas mães até aos 3 anos. As mães,
teriam aquela cultura que vemos nos filmes, de ir ao parque com os miúdos todos
os dias e trocarem 2 dedos de conversa entre elas.
Aos 3 anos, então, começaria uma vida escolar tal como a descrevida acima! Com mais afectos do que regras, com mais compreensão do que repreensão, com mais companheirismo do que categorias…
Aos 3 anos, então, começaria uma vida escolar tal como a descrevida acima! Com mais afectos do que regras, com mais compreensão do que repreensão, com mais companheirismo do que categorias…
Mas vivemos num
mundo longe de perfeito. E por isso, não é assim que funciona.
A escola do Vasco
é até uma escola tradicional. Tão tradicional que uma das suas educadoras foi
em tempos educadora do Pai da criança!
A alimentação não
é biológica, mas é natural e saudável, e o Vasco rapa os pratos todos que
encontra. O jardim não é enorme, mas
está disponível para eles todos os dias, e eles divertem-se! Não tem
actividades extra-curriculares, mas nesta fase, já acho que passo pouco tempo
com ele, e não queria passar menos. Não me ligam por cada coisinha mínima, mas
ligam-me sempre que necessário. É tradicional, e eu gosto! Gosto de ser sempre
recebida, com sorrisos, com alegria, com música e diversão. Gosto que o Vasco
vá a correr de braços abertos para as educadoras, e no final vira-se para mim e
diz-me “adeus” (com a mão). Gosto de chegar a casa e perceber mais uma gracinha
que foi na escola que aprendeu. Gosto do simples, do puro, e do descomplicado
funcionamento da escola. Gosto de todos os dias o deixar descansada sabendo que
está bem entregue e que gosta de lá estar.
É simples assim.
Quando procurava a escola perfeita, descobri, que a perfeição não está em nada
que pudesse estar escrito num regulamento. Não está no método de funcionamento,
nem na forma de se ensinar ou educar. Está naquilo que nós e eles sentimos.
Está na forma com
que eles lá ficam, está no sorriso de cada mãe, de cada educadora e principalmente de cada
criança.
A perfeição está
em no final do dia, termos a certeza que eles estão bem, e felizes.
E o Vasco está numa escola
(quase) perfeita!
(Imagem: childrensarkacademy.net)
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