14 Agrafos

14 agrafos! Foi o que foi preciso para que o Vasco largasse a barriga da mãe.
Tal como já disse antes, nunca fui submetida a nenhuma espécie de procedimento médico pelo que não fazia a menor ideia do que seriam pontos ou agrafos.
Acabei com 14 agrafos. Para quem não sabe, o aspeto é qualquer coisa assim:

(www.emresumo.com.br)

Um bocadinho mais pequena, porque esta Sra. tem mais agrafos do que eu.
Mas com agrafos ou não, a cria já nasceu e precisa de mãe. Uma hora depois do Vasco nascer foi hora de alimentar a cria. Sim, com 14 agrafos acabadinhos de agrafar, tive que me virar de lado, com ele já encostado num dos meus braços e dar de mamar à criança que vinha cheia de fome.
Nessa noite mesmo, levaram-nos para o quarto, e saiu toda a gente onde nos deixaram só os dois, eu deitada e ele no meu braço, e os meus 14 agrafos. Entrei em pânico: "E se ele precisar de alguma coisa?!?!" Só precisou de comer novamente por volta das 4H da manhã e quando voltou a dar sinal, já era de manhã, e já as enfermeiras estavam a postos para me ajudar a levantar pela primeira vez.
Não dói... Nada! Desde que ele nasceu, não me doeu rigorosamente nada! Mas é estranho. Mas para quem está prestes a "acordar" duma cesariana, o truque é simples. Quando tiverem ordem das enfermeiras, MEXAM-SE! Quanto mais se mexerem mais fácil fica e mais depressa regressam os movimentos naturais.

Quando tiramos os agrafos é como se tirassem uma bigorna de cima da barriga! Um alivio imenso e é aí que finalmente começamos a regressar à normalidade... E para quem tem medo da remoção dos agrafos aviso desde já que quando bem feita, nem se sente! Tenho colegas a quem doeu, mas já me explicaram que tem tudo a ver com a forma como os agrafos são retirados, a mim não doeu nadinha. A cicatriz deverá ficar algo deste género:

(gravidaaos17.blogspot.com)

Com o tempo, se tudo correr bem, vai passar a ter este aspeto (ou melhor ainda...)

(www.scielo.br)

Por fim, vai ser invisível a quem não saiba que ela lá está!

Ou seja, 14 agrafos e uma cicatriz que marcam agora a forma como o meu filho veio ao mundo. Uma marca no meu corpo que me identifica como mãe. Com o tempo, praticamente vai deixar de se notar, mas para mim até podia notar-se mais... é motivo de orgulho. Foi a primeira pele que o meu filho tocou... foi a minha. Dor não houve, mas podia ter havido... ele compensa.


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